
No dia 30/04 , o Santotech Podcast recebeu o biólogo e especialista em gestão com mais de 15 anos de atuação no setor – Pedro Teixeira da TROPOSLAB – MG. Foram debatidas as estratégias para captação de investimentos, o crescimento do ecossistema de inovação no Nordeste brasileiro e as diferenças entre aceleradoras e incubadoras. O convidado também destacou a importância de alinhar soluções de startups às demandas regionais.
O perfil das startups que atraem investidores
Segundo Teixeira, investidores buscam negócios com potencial de escala e validação de mercado. “O MVP (Minimum Viable Product) funcional é essencial. Não precisa ser a versão final, mas deve resolver um problema relevante o suficiente para clientes pagarem”, explicou. Ele ressaltou que, no Brasil, startups já em fase de vendas têm mais chances de captar recursos, mesmo que não sejam lucrativas imediatamente.
Nordeste em destaque
O Nordeste surge como o segundo maior polo de crescimento de startups do país, segundo dados do Sebrae. Teixeira destacou iniciativas como o Capital empreendedor, que impulsionam empreendedores locais. “Cada região deve explorar suas vocações. João Pessoa, por exemplo, fortalece o turismo, enquanto outras cidades focam em agronegócio ou saúde”, afirmou. A conexão com universidades também foi apontada como crucial para o desenvolvimento de tecnologias aplicáveis.
Aceleradoras vs. Incubadoras
Enquanto aceleradoras investem capital em troca de participação societária, incubadoras oferecem estrutura física e mentoria, muitas vezes vinculadas a universidades. “Aceleradoras buscam multiplicar o retorno financeiro. Já as incubadoras ajudam a dar os primeiros passos, especialmente para projetos acadêmicos”, explicou Teixeira.
Erros comuns e conselhos para empreendedores
O especialista alertou para a armadilha de imitar modelos de sucesso de outras regiões sem adaptação. “Startups de patinetes elétricos funcionam em São Paulo, mas não em Belo Horizonte, cheia de morros”, exemplificou. Como conselho, enfatizou: “Crie um negócio que não dependa exclusivamente de investidores. O cliente deve ser seu principal ‘investidor’”.
Oportunidades e programas de fomento
Finalizando a entrevista, Teixeira citou o Capital Empreendedor, programa do Sebrae que prepara startups para captação, e reforçou a importância de inscrições em editais de fomento, como os do BNDES. “Dinheiro público está disponível, mas é preciso apresentar projetos claros, com modelo de negócio validado e equipe qualificada”, destacou.
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