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    A Nova Economia dos Dados: entre a promessa de ouro e a armadilha do vazio

    Colunistas 06/05/2025Luciano BorbaPor Luciano BorbaAtualizado em: 06/05/20255 minutos de leitura
    A Farsa dos Dados Bonitos
    A Farsa dos Dados Bonitos
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    Durante a corrida do ouro, poucos enriqueceram garimpando. Quem realmente prosperou vendia pás, panelas e ilusões. A economia dos dados, a mais promissora do século XXI, segue a mesma lógica — e poucos percebem isso. Enquanto multidões se apinham em cursos, bootcamps e perfis de LinkedIn padronizados, a pergunta que ecoa no silêncio dos servidores é: quem está realmente ganhando com essa nova corrida?

    Vivemos numa era em que a informação é chamada de “novo petróleo”. Mas petróleo bruto não move carros, não acende lâmpadas. É preciso refinamento, contexto, estrutura. O mesmo vale para os dados. E aqui está a primeira ilusão: muitos acham que colecionar gigabytes é o mesmo que gerar valor. É como guardar barris sem saber queimar. Acumulam-se dashboards, pipelines e buzzwords, mas a verdade nua e crua permanece: a maioria dos dados não serve para nada — e a maioria dos profissionais também não sabe o que fazer com eles.

    O império dos cursos e a padronização do pensamento

    Nunca foi tão fácil parecer um profissional de dados. Uma sequência de cursos, um projeto clonado do GitHub, um post com emojis no LinkedIn, e pronto: mais um “Data Specialist” nasceu. O problema é que, como diria Edgar Morin, “nunca o homem soube tanto sobre tão pouco”. Estamos formando especialistas rasos, que sabem utilizar ferramentas, mas não compreendem princípios. Que dominam o clique, mas não a causa.

    Os cursos prometem tudo: “do zero ao emprego dos sonhos”, “do iniciante ao sênior em 3 meses”. A pedagogia da ilusão. E nesse ritmo alucinado, a técnica vira muleta, o diploma vira adorno, e o aprendizado verdadeiro — aquele que dói, que exige pensamento crítico, que confronta o ego — é jogado para escanteio.

    Empresas analfabetas em dados contratando analistas de dados

    A tragédia se completa no outro lado do balcão: empresas que mal sabem o que é governança de dados criando vagas com 15 pré-requisitos para um salário medíocre. Contratam cientistas de dados para criar gráficos coloridos e depois reclamam que o investimento não trouxe retorno. É como comprar um telescópio de última geração e usá-lo para espantar pombos.

    As lideranças, por sua vez, embriagadas pelo FOMO (fear of missing out), correm atrás da moda: ora é Data Lake, ora é IA generativa, ora é Fabric. Não importa o que seja, contanto que pareça moderno. E assim se gasta fortuna com tecnologias que viram sucata em seis meses, porque não havia uma estratégia real por trás. Apenas o desespero de parecer inovador.

    A farsa dos cases de sucesso

    LinkedIn se tornou o palco de um teatro coletivo. Ali, todos os projetos deram certo. Todos os clientes amaram. Todos os cursos foram transformadores. É o lugar onde a realidade vai para morrer e o ego para se alimentar. Não se compartilham erros, dilemas éticos, nem discussões relevantes. Só reels com legendas motivacionais e fotos de certificados. É a meritocracia da aparência.

    Quantos desses “cases” aguentariam uma auditoria técnica séria? Quantos dashboards bonitos são, na prática, apenas interfaces que ninguém usa? Quantos pipelines complexos existem apenas para justificar a contratação de um time inteiro? A resposta, se conhecida, faria tremer a base de muitos CVs.

    Para onde vamos, afinal?

    A economia dos dados não é uma moda. Ela é, de fato, o presente e o futuro. Mas o que estamos construindo hoje — com pressa, vaidade e improviso — pode se tornar um castelo de areia digital. O que falta não é tecnologia. É profundidade. É reflexão. É ética. É coragem de admitir que, para gerar valor com dados, é preciso mais do que aprender Python e Power BI.

    É preciso aprender a fazer perguntas. Boas perguntas. Perguntas que incomodam.

    • Por que estou criando esse relatório?
    • Esse dado é confiável?
    • Esse modelo deveria mesmo ser automatizado?
    • Essa informação está servindo à empresa ou ao ego de quem a criou?

    Essas perguntas não estão em nenhum curso. Estão na mente dos profissionais que entenderam que dados são, antes de tudo, um reflexo da sociedade. E que, portanto, devem ser tratados com responsabilidade, contexto e — por que não? — humildade.

    A contramão como caminho

    Se tudo está ficando raso, aprofunde-se.
    Se todos gritam, escreva em silêncio.
    Se todos vendem, ofereça perguntas.
    Se todos ostentam, mostre vulnerabilidade.

    O futuro da economia dos dados pertence não aos que acumulam certificados, mas aos que sabem transformar dados em sabedoria. E sabedoria, meu caro leitor, é artigo raro.

    Continue essa conversa ao vivo comigo.

    Se esse texto fez você pensar — ou até se incomodar — então você é exatamente o tipo de pessoa que quero ver na nossa próxima live.
    Vamos aprofundar essas ideias, abrir espaço para o contraditório, responder dúvidas e, principalmente, tirar a máscara da superficialidade que ronda a área de dados.

    Data: 06/05/2025
    Hora: 20 horas
    Tema: “Carreira em Dados: Realidade, Desafios e Oportunidades que Poucos Contam
    Onde: https://youtu.be/ADqBx02HZIU

    Não será mais uma live com frases prontas.
    Será um encontro para quem não quer apenas ser visto, mas realmente ver além.
    Te espero.

    Analista de dados Dados IA Inovacao mercado de dados profissional de dados tecnologia
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    Luciano Borba
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    Engenheiro de Dados | Criador de Conteúdo | Instrutor Apaixonado por transformar dados em decisões e ensinar de forma simples o que parece complexo. Compartilho experiências reais do mercado, projetos práticos e estratégias para quem quer se destacar na área de dados. Cursos, ebooks e dicas no meu LinkedIn e canal do YouTube.

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