
Com o avanço do e-commerce e das tecnologias de pagamento, o desafio de combater fraudes se torna cada vez mais complexo. Com R$ 204,3 bilhões arrecadados, o e-commerce brasileiro cresceu 10,5% em 2024 em relação ao ano anterior. Além do faturamento positivo, foram 414,9 milhões de pedidos contabilizados, representando ticket médio de R$ 492,40. Ao todo, o número de compradores online chegou 91,3 milhões. Os dados são da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Em seu relatório denominado MAPA DA FRAUDE, A ClearSale se adapta junto ao mercado, trazendo insights valiosos para fortalecer o ecossistema contra esses riscos. Por isso, esta edição apresenta uma análise completa dos números de 2024, categorias mais vulneráveis, estratégias dos fraudadores, dados segmentados por gênero e regiões do Brasil, além de uma visão detalhada dos meios de pagamento mais utilizados. Como destaque, trouxeram um novo recorte por geração e a identificação dos produtos mais visados em datas comemorativas. A base de pesquisa foram todos os pedidos nalisados pela ClearSale, consolidando e-commerce, marketplace, venda direta e app delivery como um único universo de dados.
seguem alguns exemplos:
Período utilizado: 01/01/2024 a 31/12/2024
Celulares lideram ranking de fraudes no e-commerce brasileiro em 2024
Em 2024, a categoria de celulares foi a mais visada por fraudadores no e-commerce brasileiro, representando 4% das tentativas de golpes, segundo o Mapa da Fraude 2025 da ClearSale. O ticket médio das transações fraudulentas nesse setor atingiu R$2.788, valor 159% superior à média geral (R$1.083). Produtos como o iPhone 14 (128GB) e a Smart TV Samsung 50″ 4K foram alvos frequentes. A ClearSale alerta que o alto valor agregado desses itens atrai criminosos, que usam métodos como invasão cadastral e CC Full Dados para burlar sistemas.
Geração Z é a mais visada por fraudadores em compras online, diz estudo.

A Geração Z (até 25 anos) registrou a maior taxa de tentativas de fraude em 2024: 2,2%, segundo a ClearSale.
A categoria “Celulares” liderou as ocorrências (5,8%), seguida por “Eletrodomésticos” (4,5%). Apesar do risco, “Beleza” foi o segmento com mais pedidos legítimos (4,1 milhões). Especialistas atribuem a vulnerabilidade ao perfil conectado dessa geração e à preferência por pagamentos via PIX, que teve ticket médio fraudulento de R$2.198. “É crucial reforçar a autenticação em duas etapas”, recomenda o relatório.
Nordeste e Norte têm as maiores taxas de fraude em e-commerce no Brasil

As regiões Nordeste e Norte lideraram as taxas de fraude no e-commerce em 2024, ambas com 1,7% de tentativas. Na Bahia, houve 182,7 mil casos (2,2% do total), enquanto o Pará registrou 2,3 milhões de pedidos analisados. Em Rondônia, o ticket médio fraudulento foi o mais baixo (R$747), mas a taxa de golpes chegou a 2,6%. Já em Tocantins, o prejuízo por transação fraudulenta foi o maior do Norte: R$1.235. A ClearSale atribui o problema à escassez de ferramentas antifraude em lojas menores dessas regiões.
Fraudes em e-commerce têm pico às 3h e às terças-feiras,
Estudo aponta que o Cartão-presente foi o produto mais fraudado em datas como Dia dos Pais e Dia do Consumidor.
As madrugadas e as terças-feiras são os momentos críticos para fraudes no e-commerce, segundo a ClearSale. Às 3h, a taxa de tentativas atingiu 3,8%, mesmo com baixo volume de pedidos. Já às 15h, horário de pico de compras, houve 14,4 milhões de transações analisadas. Em datas comemorativas, cartões-presente foram os mais visados: 12,4% das tentativas ocorreram no Dia dos Pais. “Fraudadores exploram a urgência das promoções”, explica o relatório.
Virada de Saldo e Invasão Cadastral dominam golpes no Norte e Nordeste
Norte registrou 64% de fraudes por Virada de Saldo; Sudeste enfrenta esquemas com CNPJs falsos.
o Golpe Virada de Saldo (conversão ilegal de crédito em débito) representou 64% das fraudes no Norte em 2024. Já o Nordeste teve 43% dos casos vinculados a Invasão Cadastral. No Sudeste, golpes como “Refrigeração” (venda de produtos abaixo do preço com cartões clonados) e CC Full Dados (uso de informações vazadas) foram frequentes. “Fraudadores usam CNPJs falsos e redes sociais para aplicar golpes”, destaca o relatório.
fonte: Clear Safe
