
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na noite de quinta-feira (3), um funcionário de 48 anos da empresa de infraestrutura bancária C&M Software. Ele é acusado de facilitar um ciberataque que desviou cerca de R$ 1 bilhão de contas reserva de seis instituições financeiras. O suspeito, preso em sua casa na região de Taipas (zona norte de SP), teria recebido R$ 15 mil para dar acesso dos hackers ao sistema da empresa.
A investigação, conduzida pela 2ª Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber/Deic), partiu de relatórios de empresas de cibersegurança que apontavam que o acesso ao sistema ocorreu pela “porta da frente”. Após monitorar colaboradores, a polícia identificou o suspeito como o facilitador do golpe. “Ele ajudou outros integrantes do esquema a invadir o sistema. Agora estamos atrás dos outros envolvidos”, afirmou o delegado Paulo Eduardo Barbosa.
Como consequência direta do ataque, o Banco Central desconectou imediatamente a C&M Software de seu ambiente. Nesta quinta-feira, o BC autorizou o retorno controlado das atividades da empresa. Porém, essa reativação veio com restrições: os sistemas do PIX, dos bancos e das instituições que utilizam os serviços da C&M voltaram a operar apenas parcialmente, em dias úteis e dentro do horário comercial.
