
O Nordeste tem mostrado força e criatividade no cenário nacional da economia criativa. Segundo o novo Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil 2025, publicado pela Firjan, o setor movimentou R$ 393,3 bilhões em 2023 — o equivalente a 3,59% do PIB do país — e gerou mais de 1,26 milhão de empregos formais.
Na região Nordeste, áreas como Cultura e Mídia têm papel de destaque, especialmente em estados como Ceará e Pernambuco. O estudo indica que, mesmo com a concentração tradicional de empregos no Sudeste, os territórios nordestinos têm crescido com apoio de políticas públicas, digitalização acelerada e fortalecimento da economia local criativa.
A gastronomia e o artesanato, por exemplo, ganharam força no pós-pandemia, com aumento de 14,4% nos empregos da área de Expressões Culturais. Já o marketing digital, impulsionado por redes sociais como TikTok e Instagram, aqueceu o mercado para influenciadores, redatores e profissionais de mídia no Nordeste.
Programas como a Lei Aldir Blanc e o Marco Legal dos Jogos Eletrônicos também prometem abrir ainda mais espaço para empreendedores e criadores nordestinos, destacando o potencial da região como vetor estratégico de inovação, identidade cultural e desenvolvimento econômico.
E a Economia Criativa no Brasil?
Com 1,26 milhão de profissionais criativos formalmente empregados, o Brasil registrou crescimento de 6,1% no mercado de trabalho criativo, superando a média nacional de 3,6%. Os maiores destaques ficaram para os segmentos de Cultura (+10,4%) e Publicidade & Marketing (+9,5%). A área de Tecnologia, que inclui setores como TIC, Pesquisa & Desenvolvimento e Biotecnologia, também avançou 5,9%, consolidando-se como força motriz da economia digital.
A pesquisa identificou que o Sudeste concentra 61% dos empregos criativos, com São Paulo e Rio de Janeiro respondendo juntos por mais de 60% do PIB Criativo do país. Apesar disso, estados como Ceará e Pará também foram analisados com maior profundidade, revelando potencial de crescimento regional.
Outro ponto de destaque é o papel crescente da criatividade como insumo estratégico em setores tradicionais, como a indústria de transformação. Em 2023, mais de 221 mil profissionais criativos atuavam na chamada “Indústria Clássica”.
Entre os fatores que impulsionaram esse avanço estão a digitalização acelerada no pós-pandemia, novas políticas públicas como a Lei Paulo Gustavo e a Política Nacional Aldir Blanc, além da valorização de atividades simbólicas e culturais que fortalecem o soft power do Brasil no cenário internacional.
A edição completa do estudo está disponível em observatorio.firjan.com.br/industriacriativa, com dados interativos por município e análises aprofundadas por segmento.
fonte: Firjan
